Teste de Resistência
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Teste de Resistência

Reflexões sobre crises financeiras

Timothy F. GeithnerCrown • 2014

Não é suficiente

Geithner lembra aos leitores que ele enfureceu os dois lados do corredor político. Ele afastou Obama e Summers de reformas agressivas e os trouxe de volta ao centro. Logo depois de Obama escolher Geithner para lidar com a crise financeira, Geithner escreve, ele e Obama discutiram os objetivos do novo presidente para o seu primeiro mandato. “As suas ações vão impedir uma segunda Grande Depressão”, disse Geithner a Obama. “Isto não é suficiente para mim”, respondeu Obama. Mais tarde, o ex-presidente do México alertou Geithner: “Não importa o que você faça, não importa como você o faça, as pessoas vão odiar você”. Geithner afirma que ele fez a coisa certa em prol do povo americano.

Carreira centrista

Depois de uma infância feliz como expatriado, Geithner frequentou o Dartmouth College, a Universidade Johns Hopkins e estudou na China. Então ele subiu nas fileiras em Washington. Ele trabalhou como subsecretário para os secretários do Tesouro do presidente Bill Clinton, Robert Rubin e Summers, antes de assumir um cargo no Fundo Monetário Internacional. Duas honrarias duvidosas definiram a carreira de Geithner, ambas próximas a situações sem vitória. Quando a economia global ruiu após uma orgia de excessos, Geithner liderou o New York Fed, levantando a questão: se Geithner é um gênio, sem mencionar um gestor público responsável, por que ele não viu a crise chegando? Em seguida veio uma promoção ao cargo de secretário do Tesouro sob a gestão Obama e a ingrata tarefa de salvar Wall Street em 2009. Diante de algo tão massivo, complexo e ambíguo quanto o sistema financeiro dos EUA, a tentação é recorrer a adivinhações. Banqueiros e republicanos esmagaram o resgate orquestrado por Geithner, considerando-o punitivo e intrusivo. Os progressistas criticaram o fato de não ser punitivo ou intrusivo o suficiente. “Salvamos a economia, mas perdemos o país”, escreve Geithner.


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